sexta-feira, 20 de maio de 2011




Nunca estou satisfeito com que pude fazer,
com o que pude realizar.
O que pude dizer,
o que fui capaz de sentir.

Sou perfeccionista com o passado.

Protegi meus sonhos
em mantas grossas de mentiras
os ombros cobertos, como uma criança adormecida.
Tentando escapar do frio de palavras.

Por um pequeno descuido, um ínfimo deslize,
declarei meus segredos ao mundo.
As respostas chegaram
em forma de versos.

Atrevi a desconhecer-me
e então me reconheci

(Fernando Palma)

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